Indíce
Está a perguntar-se o que é a psoríase? Além disso, ainda se questiona se terá psoríase? Neste artigo vou-lhe explicar tudo sobre esta doença cutânea.
Neste artigo irá encontrar as características da doença e os seus diferentes tipos, quais os fatores desencadeantes, como diagnosticar, quais os cuidados a ter e os tratamentos disponíveis.
Também falarei sobre a importância de discutir a psoríase no contexto de cuidados cosméticos e dermatológicos, bem como do impacto da visibilidade e cronicidade da doença na autoimagem e autoconfiança das pessoas que exibem na sua pele. Continue a ler!
O que é a psoríase?
A Psoríase é uma doença cutânea crónica, não contagiosa e sem origem identificada ou cura. Sabe-se que é de distribuição mundial e que afeta mais os homens do que as mulheres [1,2,3].
Como é que tudo acontece?
A psoríase é o resultado da combinação da hiperproliferação das células, ou seja, o aumento anormal e excessivo da multiplicação de células num tecido ou órgão, com um processo inflamatório da epiderme e derme.
A psoríase é também uma doença inflamatória que se caracteriza pela presença de placas eritematosas (lesões cutâneas caracterizadas por áreas elevadas e vermelhas na pele) bem delimitadas, descamativas e recobertas por escamas prateadas. Por vezes as lesões também provocam comichão e dor nessa área.
As manifestações da psoríase podem ser ligeiras, moderadas ou graves, dependendo da extensão de pele afetada.
As formas ligeiras correspondem a um compromisso inferior a 3%, as moderadas entre 3% a 10% e as graves são aquelas em que mais de 10% da pele se encontra afetada.
Como e onde se manifesta a psoríase?
Por norma, localizam-se no couro cabeludo, região extensora dos cotovelos e joelho, zona sacral, glúteos e genitais. Também pode surgir nas sobrancelhas, unhas, axilas, zona ao redor do umbigo e ânus.
As lesões e os locais onde se manifesta a psoríase podem ser diferente de acordo com o tipo de psoríase.
Curiosidade: A psoríase e a dermatite seborreica podem apresentar sintomas idênticos. Leia o artigo e descubra o que é a dermatite seborreica e como a tratar.
Quais são os tipos de psoríase?
Psoríase em placas
É o tipo mais comum de psoríase e costuma manifestar-se sob a forma de placas descamativas e cobertas por uma “capa” prateada e brilhante. Em doentes com pele mais escura podem parecer ter uma cor mais violácea.
A pele ao redor da lesão encontra-se muito seca e rachada, podendo ocasionalmente sangrar. Este tipo de psoríase representa 80-90% dos casos [1] e acredita-se que se trata de uma doença autoimune. O sistema imunitário ataca erroneamente as células saudáveis da pele, acelerando o ciclo de crescimento das células da pele.
A causa exata não é ainda totalmente conhecida, mas há a crença generalizada que a genética e os fatores ambientais desempenham um papel fundamental na sua manifestação [1,2,3].
Psoríase invertida
A psoríase invertida manifesta-se nas áreas do corpo onde a pele se dobra sobre si mesma provocando maceração e manchas eritematosas – quase sempre sem descamação – que aparecem nas zonas intertriginosas:
- axilas
- virilhas
- zona sob os seios
- redor dos genitais
- redor nádegas
As manchas têm uma aparência lisa e brilhante. O ambiente húmido e quente destas zonas faz com que este tipo de psoríase cause dor, irritação e desconforto nas zonas invadidas pelas manchas.
Os fatores que parecem contribuir mais para o surgimento desta condição são fatores hereditários, obesidade e clima quente e húmido. A invasão secundária por fungos e bactérias nestas zonas com manchas é também uma realidade que agrava a condição geral da pele.
Psoríase pustulosa
A psoríase pustulosa é uma variação da doença que é caracterizada pelo surgimento de pústulas estéreis (sem infecção) em regiões da pele que estão inflamadas. Estas pústulas nada mais são do que bolhas cheias de pus que se desenvolvem num tecido inflamado e vermelho.
Esta condição pode ser localizada, afetando áreas específicas, ou generalizada, espalhando-se por grandes segmentos de pele. Quando a patologia afeta uma grande área da pele causa dor, fadiga, uma sensação geral de mal-estar e até febre.
Este tipo de psoríase é raro e pode afetar significativamente a autoestima e a qualidade de vida do doente devido à aparência da pele e ao desconforto físico causado.
Psoríase eritrodérmica
A psoríase eritrodérmica é uma outra forma severa de psoríase que se caracteriza pela inflamação e descamação extensa da pele.
A condição pode cobrir a maior parte do corpo e causar um aspecto vermelho e inflamado à pele. A descamação está presente mas em vez de ser em pequenas escamas, parece destacar-se da pele com um aspecto de “folha”.
O aspeto crítico desta condição é que provoca muita comichão, desconforto e sensação de queimadura. Pode tornar a pele muito seca e com zonas em que racha, podendo eventualmente sangrar.
Esta é uma forma grave e potencialmente debilitante de psoríase que requer tratamento especializado e acompanhamento contínuo.
Artrite psoriática
A artrite psoriática é mais uma das diferentes formas de manifestação desta doença cutânea. A mesma é caracterizada pela inflamação crónica das articulações, com dor, tumefação e limitação da mobilidade da articulação afetada.
As articulações podem assumir uma rigidez que se torna incapacitante. Este tipo de inflamação está associado à psoríase, estimando-se que a artrite Psoriática afeta aproximadamente 6% a 42% das pessoas com esta doença, com uma prevalência média em torno de 20% a 30% [4,5] .
Outro dado interessante é que a Artrite psoriática se manifesta, de uma forma geral, entre os 30 e 50 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade. Afeta homens e mulheres de igual forma. [4,5]
Quais são as causas da psoríase?
Tratando-se de uma patologia em que vários fatores estão envolvidos e se intersectam, a psoríase parece envolver o sistema imunitário, o sistema cutâneo e ainda, uma resposta inflamatória a fatores ambientais.
Ainda que não totalmente percebido, há um consenso generalizado de que a hereditariedade tem um papel preponderante na passagem da doença entre familiares e estão já descritos vários fatores que parecem precipitar a doença:
Stress
O stress emocional e físico pode desencadear ou agravar esta doença crónica. O stress pode levar ao aumento dos níveis de cortisol, uma substância que pode promover a inflamação no corpo e ao desequilíbrio emocional.
Infecções
Infecções bacterianas e virais, especialmente infecções de garganta por streptococos e HIV, podem desencadear ou agravar uma condição de psoríase.
Clima
O clima frio e seco pode piorar a manifestação cutânea, enquanto o clima quente e húmido parece melhorar os sintomas. A exposição ao sol (com moderação) também pode ser benéfica devido à acção anti-inflamatória dos raios UV.
Traumas na pele
Lesões na pele, como cortes, arranhões, queimaduras solares ou tatuagens, podem desencadear a psoríase numa área específica (fenómeno de Koebner) [6].
DICA: Leia o nosso post e descubra os cuidados a ter com uma tatuagem.
Medicamentos
Certos medicamentos podem desencadear ou piorar esta doença crónica autoimune da pele, incluindo:
- Betabloqueadores (usados para tratar hipertensão)
- Lítio (usado para tratar distúrbios bipolares e quadros de variação de humor marcados)
- Antimaláricos (usados para prevenir e tratar a Malária)
- Interrupção abrupta de corticosteroides sistémicos.
Álcool e tabagismo
O consumo excessivo de álcool e o tabagismo estão associados a um risco aumentado de desenvolvimento e ao aumento da gravidade e extensão da doença.
Alterações hormonais
Mudanças hormonais, especialmente durante a puberdade e a menopausa, podem desencadear ou agravar a psoríase.
Obesidade
O excesso de peso pode aumentar o risco de psoríase e agravar a condição devido a um estado inflamatório generalizado. Alterações provocadas na microbiota e pressão mecânica da pele são também questões adicionais nos obesos.
Sabe-se também que esta população tende a ter lesões mais extensas e mais severas e que a resposta ao tratamento também pode ser diminuída devido a esta condição.
Deficiências nutricionais
Embora não seja um fator direto, a deficiência de certos nutrientes, como vitamina D, pode influenciar a gravidade da doença. A vitamina D ajuda a manter o equilíbrio entre citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias. Percebe-se, assim, que a deficiência em vitamina D pode levar a um aumento da inflamação, exacerbando a doença.
Diagnóstico da psoríase
Existem diversas condições que apresentam sintomas parecidos com os da psoríase, tornando-se fundamental que o diagnóstico seja realizado através de uma avaliação clínica criteriosa, por um dermatologista.
Exame físico
No exame físico para diagnosticar a psoríase, o médico analisa a pele, couro cabeludo e unhas, estando atento a sinais como placas espessas, descamativas e prateadas sob uma pele vermelha e inflamada. Outro fator a avaliar é se há comichão associada às lesões e se há dor articular ou rigidez muscular matinal.
As lesões são comumente encontradas no couro cabeludo, cotovelos, joelhos e parte inferior das costas, mas podem surgir noutras outras áreas do corpo. A condição também pode afetar as unhas, resultando em depressões nas unhas, descoloração, espessamento e onicólise (desprendimento da unha do leito ungueal).
Biópsia
Quando o diagnóstico clínico não é certo, pode ser realizada uma biópsia de pele, que envolve a remoção de uma pequena amostra para análise microscópica posterior.
Esta análise pode revelar características histológicas típicas da psoríase, como hiperplasia epidérmica (espessamento da pele), acantose (aumento da camada de células da epiderme), paraqueratose (retenção do núcleo nas células da camada córnea) e infiltrado inflamatório.
Leia também: Camadas da pele: quais são e como cuidar?
Avaliação complementar
Exames complementares podem ser necessários e geralmente incluem exames laboratoriais e de imagem.
Embora não existam exames de sangue específicos para diagnosticar psoríase, alguns testes podem ser realizados para excluir outras condições possíveis ou avaliar a saúde geral do paciente, como exames de PCR ou velocidade de sedimentação para medir níveis de inflamação no organismo.
Em casos de suspeita de artrite psoriática, exames de imagem como raios-X ou ressonância magnética podem ser utilizados para avaliar possíveis danos articulares que confirmam o diagnóstico.
Tratamentos para a psoríase
Tal como referido inicialmente, a psoríase não tem cura, uma vez que é uma doença crónica e recorrente.
Os diversos tratamentos para a psoríase são dirigidos ao controlo dos sintomas e são adaptados às características específicas da pele, à extensão da área afetada e às diferentes áreas do corpo com manifestações e sintomas de psoríase. [1]
Em suma, os tratamentos mais utilizados para a psoríase são tratamentos tópicos, fototerapida, medicamentos orais, injetáveis, terapia laser e ainda medicamentos biológicos.
Tratamentos tópicos
Para lesões localizadas, os tratamentos tópicos como hidratantes corporais, pomadas e champôs são frequentemente suficientes para controlar a doença, pois ajudam a reduzir sinais de inflamação e a desacelerar a multiplicação das células da pele.
Fototerapia
A fototerapia, que envolve a exposição a raios ultravioleta A ou B, também é eficaz na redução da proliferação celular. Em alguns casos, a exposição moderada ao sol pode ser igualmente benéfica.
Medcamentos, injetáveis ou terapia laser
Quando a Psoríase condiciona significativamente a qualidade de vida do doente, tratamentos mais intensivos como medicamentos orais, injetáveis ou terapia com laser podem ser necessários.
Medicamentos biológicos
Os medicamentos biológicos também têm ganho terreno e prometem ser uma solução promissora em casos mais graves e de difícil gestão.
Qual o melhor tratamento para a psoríase?
Depende! Não há uma resposta fechada, uma vez que há diversos fatores a considerar, tais como: o tipo de psoríase, a resposta ao tratamentos escolhidos, a genética e evolução durante os tratamentos.
Psoríase e cosméticos
A rotina de cuidados com a pele pode fazer uma grande diferença na qualidade de vida e percepção da autoimagem de pessoas com psoríase. Aqui ficam as dicas mais importantes para a instituição de uma rotina de cuidados dermatológicos eficaz e simples:
Use hidratantes e emolientes
São especialmente importantes, pois ajudam a preservar a barreira cutânea e a reduzir a sensação de pele seca e de descamação associadas à psoríase.
Optar por hidratantes corporais ricos em ceramidas, ácido hialurónico e glicerina pode ser vantajoso, uma vez que estes ingredientes ajudam a reter as moléculas de água e a reforçar a função de barreira de proteção da pele.
Emolientes, como os que contêm óleo de rícino, manteiga de karité ou óleo de jojoba, também são eficazes para suavizar e amaciar a pele.
Escolha produtos isentos de fragrância
Fragrâncias artificiais podem irritar e sensibilizar a pele, agravando os sintomas da psoríase. Produtos específicos para pele sensível, hipoalergênicos e testados dermatologicamente também são boas opções para minimizar possíveis reações adversas.
Use shampoos e condicionadores formulados para couro cabeludo sensível e descamativo
Os condicionadores e shampoos para couro cabeludo sensível geralmente contêm ingredientes anti-inflamatórios como o alcatrão ou ácido salicílico que podem ajudar a aliviar a psoríase no couro cabeludo. A sua ação decapante ajuda a eliminar placas descamativas e alivia o prurido também.
Diga “Não” aos alcóois, corantes e aditivos sintéticos
O potencial irritativo e sensibilizante deste tipo de compostos é alto pelo que devem ser evitados.
Use protetor solar
Utilize protetores solares sem fragrância e com alta tolerância, de preferência com indicação para “pele sensível”. A exposição ao sol pode ajudar a melhorar a psoríase, mas é importante proteger a pele para evitar queimaduras e danos adicionais.
DICA: No artigo da farmacêutica Daniela Marque pode conhecer os melhores protetores solares para pele sensível.
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Como controlar os sintomas da psoríase?
Evitar gatilhos conhecidos que possam intensificar os sintomas e gerir fatores de risco parece ter um efeito direto no controlo da doença.
Fatores como o stress, lesões cutâneas e certos alimentos – especialmente os listados como inflamatórios (carne vermelha, alimentos ultraprocessados, fritos, alimentos ricos em açúcar e gorduras trans – parecem agudizar a doença. Desta forma, recomenda-se
- Manter uma dieta equilibrada [7]
- Evitar o consumo excessivo de álcool
- Parar de fumar
- Implementar técnicas para diminuir o stress
- Reforço da ingestão de água
- Promover os períodos de descanso retemperador
Estas pequenas mudanças, além de promovem um equilíbrio geral do estado de saúde, também podem contribuir positivamente para o controlo da doença.
Perguntas frequentes
Quem pode ter psoríase?
Qualquer pessoa pode desenvolver psoríase, independentemente da idade, raça ou género, mas a condição é mais comum em adultos jovens e pode ser influenciada por fatores genéticos e ambientais.
A psoríase é contagiosa?
A psoríase não é contagiosa nem transmissível.
O que são medicamentos biológicos e como é que eles funcionam no tratamento da psoríase?
Os medicamentos biológicos são tratamentos avançados que atuam de forma mais dirigida a partes específicas do sistema imunológico, como certas proteínas ou células, para reduzir a inflamação e a proliferação excessiva das células da pele. Estes medicamentos são eficazes em casos moderados a graves de psoríase e sempre prescritos pelo médico.
A dieta pode influenciar a psoríase?
Sim, a dieta pode influenciar esta doença cutânea. Estudos sugerem que uma dieta rica em frutas, vegetais e ómega-3 e pobre em alimentos processados, açúcares e gorduras saturadas pode ajudar a reduzir a carga inflamatória da doença [7].
A psoríase pode afetar outras partes do corpo além da pele?
Sim! Além da pele, a psoríase pode afetar as unhas, o couro cabeludo e até as articulações em casos de artrite psoriática.
Quais são as melhores práticas para cuidar da pele com psoríase?
As melhores práticas para a gestão desta doença inflamatória cutânea incluem manter a pele hidratada e protegida, usar produtos suaves e sem fragrância que visam controlar a descamação e a pele seca, evitar gatilhos conhecidos como o stress, o tabaco e a ingestão de álcool e seguir um plano de tratamento prescrito por um dermatologista, quando necessário.
Leitura recomendada: Os melhores hidratantes corporais
Conclusão
A psoríase é uma condição crónica, não contagiosa, que vai além dos sintomas físicos, podendo afetar também o bem-estar emocional e psicológico dos indivíduos.
Se a psoríase faz parte do seu dia-a-dia, então os tratamentos também! Os avanços recentes em tratamentos, incluindo terapias biológicas e novas abordagens, trazem esperança para quem vive com psoríase, oferecendo opções mais eficazes e personalizadas.
Apesar de ser uma condição a longo prazo, a psoríase pode ser gerida eficazmente com uma combinação de tratamentos médicos e uma rotina de cuidados de pele consistente e de acordo com as características da pele com esta patologia.
O impacto emocional e psicológico da psoríase pode ser significativo, influenciando a autoestima e a qualidade de vida. A condição pode causar ansiedade e constrangimento social ou íntimo, reforçando a necessidade de apoio emocional e compreensão por parte da comunidade e dos profissionais de saúde.
Desmistificar a psoríase e combater o estigma são passos cruciais para que não haja um comportamento de isolamento e recolhimento interior desta população.
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Fontes
- What is psoriasis? www.aad.org. https://www.aad.org/public/diseases/psoriasis/what
- O que é a Psoríase? – PSOPortugal. https://psoportugal.pt/o-que-e-a-psoriase/
- National Psoriasis Foundation. Psoriasis Statistics. www.psoriasis.org. Published December 21, 2022. https://www.psoriasis.org/psoriasis-statistics/
- Mease PJ, Armstrong AW. Managing patients with psoriatic disease: the diagnosis and pharmacologic treatment of psoriatic arthritis in patients with psoriasis. Drugs. 2014;74(4):423-441. doi:10.1007/s40265-014-0191-y
- Gladman DD, Antoni C, Mease P, Clegg DO, Nash P. Psoriatic arthritis: epidemiology, clinical features, course, and outcome. Ann Rheum Dis. 2005;64 Suppl 2(Suppl 2):ii14-ii17. doi:10.1136/ard.2004.032482
- Sanchez DP, Sonthalia S. Koebner Phenomenon. PubMed. Published 2020. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK553108/
- Diet’s impact on psoriasis inflammation. https://www.psoriasis.org/advance/diet-impact-on-psoriasis-inflammation/.