Indíce
A pele é o maior orgão do corpo humano, e, muitas vezes, não lhe atribuímos a devida importância! Mas é ela que protege o nosso organismo e que está, constantemente, em contacto com o meio externo.
E se a pele deixasse de nos proteger? E se ela não conseguisse ser esse escudo forte? Pois bem, na dermatite atópica a pele está frágil, inflamada e reativa, tornando-se um desconforto constante para quem a tem.
Hoje explico-lhe o que é a dermatite atópica, como se manifesta e como a pode tratar. Continue a ler este artigo e melhore o seu conforto ainda hoje.
O que é a dermatite atópica?
A dermatite atópica, ou eczema atópico, é uma doença inflamatória crónica da pele, que se manifesta numa pele extremamente seca e com intenso prurido.
O eczema atópico afeta muito mais as crianças e conjuga vários fatores e alterações da barreira cutânea, do sistema imunitário e das bactérias da pele [1]
São estas causas que tornam a pele muito mais suscetível a reagir contra alergénios, quer estejam em contacto direto ou apenas no ar, conduzindo a um agravamento da doença. Muitas vezes também se geram outras infecções, pelo facto do sistema imunitário estar mais enfraquecido.
É uma doença que está enquadrada no quadro de patologias atópicas (asma, rinite, alergias alimentares) existindo maior probabilidade destas também se manifestarem.
Pelo seu intenso prurido, a dermatite atópica pode ser incapacitante, condicionando a qualidade de vida, trabalho e sono [2], impactando muitas vezes o bem estar psicológico do portador e dos seus familiares.
Tipos de dermatite atópica
Regra geral, os dermatologistas não comunicam ao paciente os tipos de dermatite atópica. No entanto, de acordo com alguns autores, a dermatite atópica pode-se dividir em 2 tipos: intrínseca e extrínseca [3].
- Dermatite intrínseca: não está relacionada com alergias. Apresentam-se níveis normais de anticorpos no sangue e é menos prevalente do que a dermatite extrínseca.
- Dermatite extrínseca: o tipo mais comum de dermatite atópica e está sempre associada a sensibilidade alérgica. Verificam-se os níveis de anticorpos elevados, dado que existe uma resposta associada aos alergénios a que a pessoa está exposta (ácaros, pólen, determinados alimentos, etc.). A dermatite extrínseca está frequentemente interrelacionada com outras condições atópicas, tal como a asma.
![homem com sinais de dermatite atópica no corpo](https://blog.cosmetis.pt/wp-content/uploads/2024/08/dermatite-atopica.webp)
Quais são os sintomas da dermatite atópica?
O principal sintoma da dermatite atópica é o prurido intenso. No entanto, há outros sinais de pele atópica comuns, tais como:
- vermelhidão;
- feridas/ escoriações;
- exsudado/ líquido;
- manchas secas e descamativas.
Curiosidade: Sabia que a dermatite atópica partilha sintomas com a alergia ao sol?
Para além disso, a pele apresenta também algumas características associadas a esta doença cutânea:
- espessura da epiderme mais reduzida;
- baixa coesão de corneócitos (células que constituem a camada externa da pele);
- extrema secura;
- elevada perda de água transepidérmica;
- permeabilidade aumentada a alérgenios e irritantes.
De forma geral, a pele atópica apresenta-se sempre muito sensível e seca, principalmente nas zonas do couro cabeludo, costas, zonas de flexão e rosto [4].
Está sempre associada uma sensação de repuxamento, vermelhidão, temperatura aumentada, intensa comichão e até algum formigueiro [5].
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Quais são as causas de dermatite atópica?
Tal como acontece noutras doenças cutâneas, o eczema atópico é uma doença com diversas causas e gatilhos, que se combinam de forma complexa, nomeadamente:
- genética
- alterações da barreira cutânea
- sistema imunitário
- fatores externos e ambientais
- fatores estimulates
Predisposição genética
O facto de um progenitor ter dermatite atópica gera 20-30% de probabilidade do filho também a adquirir. Quando são ambos os pais pode ir até 50% de probabilidade.
Estudos revelam que uma mutação no gene da filagrina (um dos responsáveis pela integridade cutânea) constitui uma das origens da doença [6].
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Alterações da barreira cutânea
O eczema atópico manifesta deficiência nas proteínas do extrato córneo (camada mais externa da pele) e de ceramidas (lípidos/ gorduras constituintes da pele).
Estas condicionantes afetam muito a permeabilidade da pele a estímulos ambientais, potenciando maior perda de água cutânea.
Leia também: Como cuidar das diferentes camadas da pele
Resposta imunitária exacerbada
A produção de proteínas sinalizadoras (interleucinas) promovem a inflamação da pele, conduzindo à produção de anti-corpos. Neste caminho, para além da inflamação, é gerada uma grande sensação de prurido que leva o portador a coçar e a piorar o quadro.
Agentes ambientais e externos
Nos últimos anos a DA tem vindo a ter uma maior incidência na população, possivelmente relacionado com um maior contacto a substâncias ambientais presente num meio urbano cada vez mais poluído.
Os ácaros continuam a ser os alérgenos que provocam mais surtos de dermatite atópica.
Fatores estimulantes
Alguns fatores despoletam crises de eczema atópico, tais como banhos sem hidratação adequada, ambientes secos, temperaturas extremas (frio e calor), suor, contacto com animais de estimação, fricção da pele, etc.
A alimentação pode ser um fator primordial. Embora não totalmente estabelecido, existem alimentos como leite de vaca, ovo, trigo e frutos secos que aumentam as recidivas de dermatite e, por isso, devem ser evitados.
Quais são os fatores de risco dermatite atópica?
A dermatite atópica afeta principalmente crianças e adolescentes (entre 10 a 20%), sendo mais prevalente no sexo feminino e na raça negra [7]. A maior parte dos sintomas surge principalmente no primeiro ano de vida.
Alguns fatores tais como ambientes mais urbanos e história familiar com dermatite atópica, podem estar a contribuir para uma maior prevalência da doença.
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Como se diagnostica?
O diagnóstico de dermatite atópica passa por uma avaliação da descrição dos sintomas, história familiar, avaliação física e, em alguns casos, podem ser feitas análises clínicas para comprovar alguns marcadores relacionados com o sistema imunitário.
Nos casos dos sintomas a vermelhidão e prurido devem estar sempre presentes que se localizam nos locais mais comuns (dobras, pescoço, face,…). Caso esteja presente noutros locais, pode estar relacionado com a atopia gerada por contacto a determinados materiais (ex: pulseira do relógio).
Tratamentos para dermatite atópica
- Cremes emulientes e hidratantes
- Corticoides tópicos
- Inibidores tópicos da calcineurina
- Fototerapia
- Imunossupressores sistémicos
- Agentes biológicos
O tratamento continuado é imprescindível no controlo da dermatite tópica. O tratamento do eczema atópico é mais eficaz ao abordar os processos fisiopatológicos subjacentes.
Desta forma, é bastante importante obter aconselhamento no que diz respeito aos cuidados que deve adotar com a pele, bem como os gatilhos que deve evitar.
No que ao tratamento do eczema atópico diz respeito, como se pode ver acima, há vários tratamentos possíveis, desde a aplicação de cremes ao uso de medicamentos orais e fototerapia.
Cuidados emolientes e hidratantes
Os cuidados emolientes e hidratantes são a primeira escolha porque não possuem efeitos secundários e garantem a nutrição e hidratação da pele.
Tanto a higiene, como a hidratação, devem ser emolientes e nutritivas por forma a dar conforto à pele. Nestes casos, é útil procurar cosméticos com algumas substâncias, nomeadamente lanolina, ácido hialurónico, ácidos gordos, etc.
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Medicamentos tópicos
Sempre que a primeira linha não é suficiente para tratar os sintomas do eczema atópico, os medicamentos tópicos são recomendados, mais propriamente os corticoesteróides (hidrocortisona ou betametasona). Adicionalmente ou numa fase posterior, os inibidores de calcineurina (tacrolimus ou pimecrolimus) também são úteis.
Em qualquer um dos casos, este tipo de medicamentos e substâncias possuem uma ação anti-inflamatória e imunossupressora.
Medicamentos via oral
Os medicamentos sistémicos (via oral) são recomendados para os casos mais graves ou sempre que as terapêuticas anteriores não estão a controlar a doença.
As substâncias que se usam com maior recorrência são os corticosteróides (prednisolona) e imunossupressores (ciclosporina ou metotrexato).
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Antibióticos e anti-histamínicos
Não existe concordância científica no uso de antibióticos e anti-histamínicos, no entanto, estes podem a vir ser prescritos para ajudar na sintomatologia de prurido e infeções secundárias.
Terapêutica biológica
Segundos estudos recentes, os medicamentos biológicos são os que apresentam menos efeitos secundários dado que atuam diretamente nos alvos de mediação inflamatória.
Um medicamente biológico bastante comum no tratamento da dermatite atópica é o dupilumab.
Outros tratamentos para eczema atópico
Há outras técnicas e comportamentos que podem ser adotados para diminuir os sintomas do eczema atópico. Estes podem ser combinados com algumas das outras alternativas até agora apresentadas.
Por exemplo, os tratamentos a base de suplementação alimentar, tal como a vitamina D e simbióticos podem ser uma mais-valia. Isto porque a vitamina D é essencial no equilíbrio cutâneo e os simbióticos, que conjugam pré e probióticos, podem ser interessantes na regulação do sistema imunitário.
A fototerapia (radiação ultravioleta artificial), por sua vez pode ajudar a regular o prurido e minimizar a liquenificação/ manchas.
![uma pessoa com prurido proveniente da dermatite atópica](https://blog.cosmetis.pt/wp-content/uploads/2024/08/dermatite-seborreica.webp)
Como prevenir o eczema atópico?
A dermatite atópica necessita de paciência e consistência na evitação dos fatores desencadeantes e na aplicação da terapêutica indicada para a fase em que se encontra. Desta forma, para prevenir a doença deve evitar:
- picos de temperatura (muito frio ou muito calor) e ambiente muito secos;
- banhos longos e quentes;
- roupa justas e de materiais sintéticos;
- contacto com produtos irritativos ou alergéneos, mesmo a nível alimentar.
Deve seguir a terapêutica indicada pelo seu dermatologista, não descurando uma hidratação e limpeza com os produtos certos.
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Como escolher um cosmético adequado para dermatite atópica
Os produtos dermocosméticos podem ser a salvação de quem sofre sintomas desagradáveis de prurido e desidratação extrema. Estes ajudam a prevenir e controlar os sintomas, evitando os surtos mais graves.
Por isso é essencial que encontre os melhores produtos de skincare para si, que sejam agradáveis ao seu dia-a-dia e que sinta conforto após a sua aplicação.
As formulações mais leves (Ex: loções, gel, etc) podem ser mais frescos e apelativos por não deixarem resíduos na pele, mas menos eficazes na sua ação visto que não nutrem suficientemente.
Por sua vez, as preparações mais espessas, como os bálsamos, não são tão agradáveis na sua textura, mas são altamente eficazes! Deve por isso, encontrar a sua rotina ideal, para que a consiga manter de forma diária.
Além das texturas, é igualmente importante optar por produtos com os ingredientes corretos, uma vez que o uso de determinadas substâncias agravam as reações e manifestações cutâneas.
Ingredientes recomendados para dermatite atópica
- Niacinamida
- Manteiga de karité
- Alantoína
- Aveia coloidal
- Glicerina
- Pantenol
- Ceramidas
Ingredientes a evitar em caso de eczema atópico
- Fragrâncias sintéticas
- Óleos essenciais
- Retinoides (relacionados com Vitamina A)
- Cocoamidopropil betaína (substância que origina a espuma nos shampoos)
- Propilenoglicol
- Etanol (presente em géis desinfectantes e produtos de “toque seco”)
- Lanolina
- Ureia ( com elevadas concentrações – superior a 10%)
- Laurilsulfato de sódio
- Conservantes como Kathon CG e Metilisotiazolinona
- Libertadores de formaldeído (quaternium 15, imidazolinidil ureia, DMD hidantoína)
Produtos recomendados para tratar dermatite atópica
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O que é dermatite atópica na pele do bebe?
Nos bebés, a dermatite atópica ou eczema atópico é muito comum visto que a camada superficial da pele é mais fina e frágil, quando comparados com a estrutura de adultos.
Por esse motivos, as lesões e manchas são predominantes, principalmente na zona das bochechas. O couro cabeludo, pescoço e pregas são muito atingidas, ao contrário da zona da fralda que quase nunca é afetada.
A pele apresenta-se também extremamente seca, podendo conduzir a crostas, feridas e líquido/exsudado. A correta hidratação e cuidados de banho são essenciais para prevenir as crises, de forma a evitar os medicamentos.
É essencial realizar a consulta de dermatologista nesta fase.
Daniela marques
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Quando consultar o médico?
O médico deve ser consultado logo que os sintomas surjam, para que este possa efetuar um correto diagnóstico e prescrever os cuidados diários e complementares.
A dermatite atópica quando não controlada pode acarretar um desconforto extremo que condiciona a qualidade de vida.
O dermatologista é a pessoa indicada para o aconselhamento correto e para que possa monitorizar a doença ao longo da vida.
Perguntas frequentes
Dermatite atópica e pele atópica são a mesma coisa?
Não propriamente. A dermatite atópica é considerada uma doença inflamatória crónica da pele, enquanto a pele atópica é uma predisposição da pele que a torna mais sensível e suscetível a alergénios.
Pessoas com pele atópica podem vir a desenvolver dermatite atópica visto que as condições de barreira cutânea comprometida e a perda de água já existem.
A dermatite atópica é contagiosa?
Não, a dermatite atópica não é contagiosa. A dermatite combina inflamação e prurido e até podem existir infecções secundárias. No entanto, os microorganismos que estão envolvidos não se transmitem pelo ar, nem pelo contacto, nunca desenvolvendo a mesma condição noutra pessoa.
Existe uma cura para a dermatite atópica?
Não, visto que é uma doença crónica. A dermatite atópica pode estar presente ao longo de toda a vida.
O importante é manter sempre os cuidados preventivos e usar a terapêutica medicamentosa sempre que esta se torna mais exacerbada ou surge algum surto.
Como distinguir os diferentes a dermatite atópica das outras dermatites?
As outras dermatites partilham muitos dos sintomas do eczema atópico, nomeadamente a vermelhidão, comichão, manchas generalizadas e inflamação.
É importante perceber o historial de dermatite atópica na família, a existência de outras doenças atópicas e por exame físico observar o aspeto e localização das manchas.
Leitura recomendada: Quais são os tipos de dermatite?
Diferença entre dermatite atópica e psoríase
Apesar de serem duas doenças crónicas da pele que partilham sintomas semelhantes (vermelhidão, prurido, inflamação, etc.), o que as distingue são as suas causas e as lesões em si.
A dermatite atópica desenvolve-se através da predisposição genética e por fatores de alergia que fragilizam o sistema imunitário.
No caso da psoríase, esta é uma doença auto-imune, onde o sistema imunitário luta contra si mesmo.
Ambas partilham de manchas vermelhas com prurido, no entanto, no caso da psoríase a pele torna-se mais espessa e com escamas esbranquiçadas, as manchas são bem definidas e surge dor intensa.
A dieta pode afetar a dermatite atópica?
Sim, embora o impacto possa variar de pessoa para pessoa.
Usualmente verifica-se a presença de alergias alimentares a determinados alimentos (leite, ovos, frutos secos, glúten, outros) que aumentam/agravam os sintomas. A alimentação com muitos alimentos processados, que são altamente inflamatórios, podem provocar maior nível de inflamação cutânea.
Como é que o stress afeta o eczema atópico?
O stress pode ser um fator desregulador da pele e, por isso, não é benéfico na eczema atópico, uma vez que afeta a barreira cutânea, fragilizando-a mais na perda de água e entrada de alergéneos.
O stress crónico condiciona o sistema imunitário visto que promove a produção de mediadores inflamatórios que pioram o quadro. Adicionalmente, o stress pode gerar mais tendência à coceira que vai conduzir a lesões mais graves e um ciclo vicioso de coçar-inflamar.
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A dermatite atópica canina é contagiosa?
Não, tal como não acontece entre humanos, também não acontece entre animais e pessoas. A dermatite não envolve microrganismos que contagiem pelo ar ou por contacto direto.
Conclusão
A nossa pele é a nossa barreira fundamental e devemos cuidar dela de forma diária! No caso de dermatite atópica, ou eczema atópico, todo o cuidado é essencial para existir conforto e qualidade vida.
A pele exige a nossa atenção, hidratação e nutrição. E, por vezes, alguns medicamentos são necessários para tratar o eczema atópico.
Com este artigo, certamente, já sabe o que é o eczema atópico, os sintomas e os tratamentos disponíveis. Se ainda tiver dúvidas, aconselho que as coloque todas ao dermatologista.
Com a ajuda do seu dermatologista e com a consistência diária, o conforto da pele é conquistado e os sintomas da dermatite atópica são atenuados.
Fontes
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- Kapur S, Watson W, Carr S. Atopic dermatitis. Allergy Asthma Clin Immunol. 2018;14(Suppl 2):52. Published 2018 Sep 12. doi:10.1186/s13223-018-0281-6
- Tokura Y. Extrinsic and intrinsic types of atopic dermatitis. J Dermatol Sci. 2010;58(1):1-7. doi:10.1016/j.jdermsci.2010.02.008
- Lifschitz C. The impact of atopic dermatitis on quality of life. Ann Nutr Metab. 2015;66 Suppl 1:34-40. doi:10.1159/000370226
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